Componentes Curriculares

Currículo

O currículo, espaço em que se expressam e ganham forma as intenções educativas, aponta caminhos para que as ideias e os objetivos que almejamos sejam colocados em prática. Para isso, há a necessidade de um olhar singular e uma escuta sensível e ativa do educador para a faixa etária em que atua. Ele precisa traduzir em desafios as inquietações dos alunos, ter clareza do objeto de estudo de cada componente curricular, dos conteúdos essenciais e de situações de aprendizagens que permitam integrar os conteúdos de forma significativa.

Língua Portuguesa

Língua Portuguesa

O foco de trabalho com a Língua Portuguesa, é a de que crianças aprendam a ler e desenvolvam a escuta, construindo sentidos coerentes para textos orais e escritos; a escrever e a falar, produzindo textos adequados a situações de interação diversas, apropriando-se de conhecimentos linguísticos relevantes para a vida em sociedade.

Língua Inglesa

Na sua dimensão educativa, o componente contribui para a valorização da pluralidade sociocultural e linguística brasileira, de modo a estimular o respeito às diferenças. É no encontro com textos em outras línguas que a criança pode ampliar e aprofundar o acesso a conhecimentos de outras culturas e conhecer outras possibilidades de inserção social.

Traços, sons, cores e formas

Arte

Este componente engloba quatro linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Essas linguagens são formas de conhecimento que articulam saberes do corpo, da sensibilidade, da intuição, da razão e da emoção. Nesse sentido, espera-se que as crianças respeitem e valorizem diferenças e estabeleçam diálogo intercultural, pluriétnico e plurilíngue, a partir do contato com diferentes produções artísticas, nos diferentes contextos culturais.

Educação Física

Esse componente deve oferecer uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. É responsabilidade da Educação Física tratar das práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história, possibilitando à criança lidar com diferentes práticas e respeitá-las no contexto em que se inserem.

Corpo, gestos e movimentos

Letramento digital

Esse componente refere-se à capacidade de compreender as situações de leitura e de escrita que acontecem no contexto tecnológico. O trabalho de 2º ao 5º ano visa desenvolver a capacidade do aluno usar adequadamente a ferramenta para resolver desafios específicos, ter atitudes éticas e conscientes e saber lidar, organizar e selecionar tudo o que é consumido produzido e publicado.

História e Geografia

Tanto a História quanto a Geografia, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalham o sentimento de pertencimento da criança à vida comunitária e local e, progressivamente, ao longo dos anos finais, desdobram o ensino em uma perspectiva que se amplia, permitindo olhar o mundo, espaços e paisagens além de seu entorno e outras sociedades e temporalidades históricas.

Em História prioriza-se a construção das noções fundamentais do saber e do trato com processos históricos, por meio do estudo com fontes e documentos, noções de tempo, sujeitos, permanências, mudanças e suas mesclas.

Em Geografia, a leitura de mundo que se pretende no componente curricular requer que as crianças compreendam as relações sociais em que se inserem e que se localizem e se orientem no mundo. Localizar-se e orientar-se são práticas geográficas fundamentais para a sobrevivência humana.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Ciências

Mesmo antes de iniciar a vida escolar, a criança já convive com fenômenos, transformações e aparatos tecnológicos no dia a dia. Portanto, o ponto de partida para novos conhecimentos nesse componente deve considerar a percepção prévia das crianças sobre o mundo natural e social. Essa será sua primeira leitura do mundo. Depois de serem expostas aos conhecimentos científicos, as crianças precisam se envolver, de fato, em processos de aprendizagem nos quais formulem e verifiquem hipóteses presentes em seu ambiente.

Ao estudar Ciências, portanto, as crianças aprendem sobre si mesmas; sobre o surgimento de sua espécie no processo de evolução e manutenção da vida; sobre o mundo, compreendem, explicam e intervêm no mundo em que vivem, estabelecendo relações entre os conhecimentos científicos e a sociedade, reconhecendo fatores que podem influenciar as transformações de uma dada realidade.

O eu, o outro e o nós

Matemática

Na matemática escolar, o processo de contextualizar, abstrair e voltar a contextualizar envolve outras capacidades essenciais, como questionar, imaginar, visualizar, decidir, representar e criar. Nessa perspectiva, alguns dos objetivos de aprendizagem formulados começam por: “resolver e elaborar problemas envolvendo...”. Ao elaborar problemas, as crianças desenvolvem a capacidade de refletir sobre a sua própria forma de pensar, favorecendo o confronto da resposta encontrada na resolução do problema com o contexto gerador do mesmo.

Avaliação

A avaliação acontece durante todo o processo de aprendizagem. Os professores avaliam sistematicamente as produções dos alunos, fazendo um mapeamento do desempenho de cada um e, também, da resposta do grupo às propostas. Com isso, podem reorganizar as situações de aprendizagem de modo a favorecer esse processo.

Nos 1º e 2º anos, a avaliação é uma forma de observação, registro e reflexão do processo de desenvolvimento da criança e do grupo em que ela está inserida, com o objetivo maior de tomar decisões sobre as mediações necessárias, tanto no âmbito das relações, quanto em outras aprendizagens.

Os registros de Percurso de Aprendizagem (1º ano) ou os Relatórios de Aprendizagens (2º ano) trazem, em sua narrativa, a visão de uma etapa de trabalho, a dinâmica em que se deram os objetivos de desenvolvimento da criança, o papel dos educadores desempenhados no processo e os resultados alcançados em cada grupo, assim como possíveis mediações.

Do 3º ao 5º ano, há uma diversidade de instrumentos que permitem avaliar continuamente os alunos, sem enfatizar apenas o produto final. A composição da avaliação se dá por trabalhos cotidianos (TCs) em que o desempenho do aluno, individual ou em grupo, é analisado a partir de produções entregues ao longo de um ciclo de aprendizagem, levando em conta os conteúdos essenciais de cada componente curricular; e por provas estruturadas de formas diversas (questões dissertativas, testes, questões de múltipla escolha etc).