
Além do domínio de línguas estrangeiras, visão global, respeito às diferenças e valorização da diversidade contribuem para a formação integral dos estudantes
A aprendizagem intercultural está prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir da compreensão de que “as culturas, especialmente na sociedade contemporânea, estão em contínuo processo de interação e (re)construção”. Uma escola com programa de educação internacional consegue formar estudantes capazes de compreenderem todas as dimensões do mundo atual.
Renata Condi, coordenadora de Educação Internacional do Colégio Rio Branco, explica que a educação internacional pode acontecer de diferentes maneiras em uma escola. “Mas, quase sempre, envolve trazer elementos, como currículo e materiais, que favoreçam um aprendizado global que valorize as várias culturas e considere a formação integral do indivíduo”.
Como funciona a educação internacional
Cada escola tem formas diversas de colocar a educação internacional em prática. No caso do Rio Branco, as temáticas se tornam mais complexas ao longo da escolarização e adequam-se às expectativas das faixas etárias, a fim de contribuir com o desenvolvimento integral dos estudantes:
- Na Educação Infantil, há a adoção de um currículo internacional que se mescla com o currículo brasileiro. A integração de conhecimentos e a aprendizagem intensificada da língua inglesa acontecem por meio de projetos, experimentações e atividades contextualizadas.
- No Ensino Fundamental, adiciona-se o trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, de modo que os estudantes têm a oportunidade de desenvolver as diferentes línguas que estudam tanto em contextos sociais quanto acadêmicos.
- No Ensino Médio, parte-se para um aprofundamento em questões científicas, acadêmicas, sociais, culturais, éticas e geopolíticas, tendo em mente a formação de estudantes que se preparam para o mundo pós-escola.
“Também há a inclusão de propostas e parcerias que possam promover uma maior compreensão sobre a aprendizagem internacionalizada, intercultural e global”, comenta a coordenadora. Isso pode acontecer por meio do contato com instituições de ensino superior, intercâmbios de pesquisa e preparação para estudos no exterior.
Um exemplo é o programa Pea/Unesco, que reúne 11 mil escolas de 180 países. Criado em 1953, propõe projetos que têm como objetivo a construção da cultura da paz, a promoção do desenvolvimento sustentável e a formação de gerações conscientes. Outras opções de parcerias incluem ações como competições, olimpíadas acadêmicas e iniciação científica.
Escolha profissional no contexto internacional
A partir do 9º ano, os alunos do Rio Branco passam a conhecer sobre oportunidades de carreiras e formação em instituições de ensino superior disponíveis no Brasil e em outros países do mundo. Algumas das atividades disponíveis são:
- mentorias especializadas sobre estudos no exterior;
- simulados de exames internacionais para ingresso em universidades estrangeiras;
- simulados de provas de comprovação de desempenho linguístico;
- palestras e conversas com representantes de universidades internacionais.
“Com isso, o aluno tem a possibilidade de traçar seu projeto de vida considerando ações que iniciam no Brasil e que podem ser concretizadas em qualquer lugar do mundo”, comenta Renata. “A vivência durante o período escolar de experiências de internacionalização permite que o estudante faça uso de estratégias, metodologias e conhecimentos para tomar decisões sobre carreira e estudos em nível superior”.
Vantagens de uma escola plurilíngue
O Rio Branco é classificado como uma escola plurilíngue, visto que possibilita aos alunos o desenvolvimento de língua portuguesa, inglesa e espanhola, bem como a língua brasileira de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa como segundo idioma para os alunos surdos.
“Ter a possibilidade de estudar em uma escola plurilíngue faz com que os estudantes desenvolvam conhecimentos de forma única”, afirma Renata. “Uma educação plurilíngue e intercultural ajuda a promover coesão social, uma vez que traz para dentro da escola a visão de que as sociedades são plurais e diversas”.
Ela também aponta que a valorização da diversidade ajuda a tornar as sociedades mais inclusivas. “Quando a escola tem esses princípios como parte de sua prática, ela contribui de modo positivo na formação de cidadãos éticos, justos e solidários”, destaca. “Além disso, ter o estudo formal em outras línguas também favorece o desenvolvimento e a preparação dos estudantes para o mundo acadêmico e o mercado de trabalho.”