Como desenvolver, desde cedo, bons hábitos de estudo?

by Colégio Rio Branco 30. junho 2017 13:21

Como desenvolver, desde cedo, bons hábitos de estudo? Esse é um desafio muito importante para pais e educadores e foi abordado no Encontro com a Direção de junho, conduzido pelas orientadoras de Apoio à Aprendizagem, Juliana Gois, em Higienópolis, e Carla Marquat, na Granja Vianna.

As educadoras apresentaram aos pais diversos aspectos e estudos com base nas neurociências. Do ponto de vista neurobiológico, aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos, que resultam em atividade cerebral. O cérebro, portanto, é o órgão da aprendizagem, apesar de não ser o único responsável por ela.

É importante destacar que diferentes habilidades cognitivas, como percepção, atenção, memória, e linguagem estão envolvidas no processo ensino-aprendizagem.

Com vistas ao melhor o desenvolvimento da aprendizagem destacou-se as chamadas "Funções Executivas", base do comportamento intencional. Trata-se de um conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficientes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, de médio e de longo prazo. Essas habilidades surgem no primeiro ano de vida e se desenvolvem até o final da adolescência.

Vale ressaltar que a motivação é essencial e cabe aos pais e educadores buscarem estratégias que despertem o interesse das crianças e jovens para o aprender. Seguem algumas sugestões:

  • Estimular habilidades como resiliência, curiosidade e perseverança - elas são fundamentais para ser bem sucedido tanto na escola e quanto na vida;
  • Colocar a educação escolar no dia a dia - conversar sobre o que aprendeu naquele dia, sobre os amigos, sobre as atividades. Com os mais velhos, podemos falar sobre as perspectivas para o futuro, como o ingresso no ensino superior;
  • Valorizar o conhecimento, os professores e a aprendizagem - o aluno aprende o valor da educação também quando percebe o quanto isso é importante para a família;
  • Apoiar o protagonismo do aluno - valorizar e acreditar que eles são capazes de realizar o que querem;
  • Ampliar o universo cultural e esportivo – atividades culturais estimulam a curiosidade e o senso crítico.

Aprender mais e melhor também é algo relacionado a outros aspectos importantes, como o acompanhamento do desempenho escolar, o respeito aos diferentes perfis cognitivos, a valorização de desafios e a atenção ao bem-estar, saúde, alimentação e sono.

Assista ao vídeo com as dicas da orientadora Juliana Gois.

Para desenvolver a determinação em nossas crianças e jovens

by Colégio Rio Branco 31. março 2016 18:15

Como desenvolver a determinação em nossas crianças e jovens para que possam buscar seus objetivos? Para buscar respostas a essa importante questão, estivemos reunidos no Encontro com a Direção, nos dias 30 e 31 de março.

Nossa conversa foi inspirada por uma TED Talk com Angela Lee Duckworth, que fala sobre a determinação ou “Grit”, em inglês, e seu impacto no sucesso das pessoas. Em português, "Grit" estaria mais próximo do significado de garra.

Segundo ela, paixão e perseverança são fundamentais para a determinação, além do trabalho contínuo para transformar sonhos em realidade. É essencial reunir as melhores ideias e as mais fortes intuições e colocá-las em teste, tendo sempre em mente que falhar não é uma condição permanente, enfrentando o fato de que, se falharmos, podemos começar outra vez, aprendendo com as diversas circunstâncias. Confira.

Valorização da determinação

O que faz as pessoas buscarem com toda a energia seus objetivos? O que faz as pessoas terem sucesso? A partir dessas reflexões, apresentamos nossas visões pessoais sobre o que é ter sucesso, tendo em vista que ser bem sucedido depende da meta de cada um. O que deve ser algo comum é a energia que dedicamos para atingir os objetivos.

Para nossas crianças e jovens somos referência sobre valores, metas e sucesso. Sem dúvida, valorizar e estimular os talentos múltiplos é importante, mas é preciso saber que muitas vezes o talento é desperdiçado, pois não há um projeto concreto ou a definição de um caminho a ser percorrido.

Outro desafio é a questão do tempo, pois vivemos em um mundo em que todos querem que as conquistas e a realização dos desejos sejam rápidas e instantâneas. Assim, a palavra ‘esforço’ é muito importante no dia a dia, apoiando os planos a curto, médio e longo prazo.

Na escola

Desde o Ensino Fundamental II, trabalhamos com as crianças com a ideia de projeto de vida, ensinando os alunos a elaborarem metas e traçarem objetivos. Outro trabalho é a Mentoria, que oferece um apoio especial às crianças e jovens no desenvolvimento de seus planos.

No Colégio Rio Branco, acreditamos na diversidade, pois vivemos e viveremos, em todos os âmbitos de nossas vidas, na diversidade. Essa vivência é a condição que damos para que nossos alunos sejam competentes em qualquer lugar.

A escola quer formar pessoas plenas, solidárias, éticas e preocupadas com a sociedade. Por isso, o estímulo ao desenvolvimento das competências não cognitivas, como disciplina, criatividade, colaboração, trabalho em equipe, é tão importante quanto a busca por resultados acadêmicos.

O poder do "Ainda"

Sofrimentos, decepções e frustrações fazem parte do processo de desenvolvimento das pessoas e precisamos lidar com essas questões quando elas ocorrem com nossas crianças e jovens. É importante acreditar que os filhos são mais fortes do que imaginamos e colocá-los sempre na zona de conforto pode não ser a melhor forma de estimular a determinação.

Em mais uma referência para nossas discussões, a pesquisadora Carol Dweck fala sobre a Mentalidade do Crescimento, ou “Grouth Mindset”, que coloca o foco na perspectiva do “ainda”, como uma valorização do trajeto percorrido com esforço e dedicação. Quando falamos para nossas crianças e jovens algo como “você AINDA não chegou lá” ou “você AINDA não atingiu suas metas”, conseguimos contribuir para o fortalecimento do processo de formação da determinação.

Assim, a pesquisadora fala da importância do elogio com sabedoria e significado. Para formar crianças mais corajosas e resilientes, é necessário elogiar o esforço, a estratégia, o foco, a perseverança e o aperfeiçoamento. Veja.

Construção no dia a dia

Hoje, quando recebemos uma criança de um ano e meio para o Minimaternal, sabemos que ela terminará o Ensino Médio em 2032. Como estará o mundo? Como será o mercado de trabalho? Não sabemos responder ao certo. Por isso, temos o dever de, juntos, família e escola, formar e preparar os cidadãos para esse futuro.

A construção da determinação é algo que ocorre no dia a dia. As experiências cotidianas, a rotina e as referências que oferecemos são essenciais nesse processo.

 

Confira o depoimento da mãe riobranquina Juliana Kaufmann

Como sempre o momento do Encontro com a Direção é muito gostoso, mas infelizmente um tanto curto para chegarmos à uma conclusão sobre o tema. Mesmo assim, eu sempre tiro proveito do que recebo de informação e troca de experiências!

Me desculpem por ocupar vosso tempo! Eu passei o dia filosofando sobre o assunto e gostaria de expor ou compartilhar um pouco dos meus pensamentos com vocês. Hoje, nós falamos sobre: Determinação ou Garra e de Mentalidade do Crescimento.

Um colega citou que: a personalidade do indivíduo é um ponto chave para a determinação, ou seja, pessoas nascem com essa qualidade ou não. Mas, também podemos obter condições externas para sermos determinados! Nossa família, nossa condição econômica, a sociedade em que vivemos... a escola que nos forma e educa.

Há uma série de fatores que levam uma pessoa ser ou ter mais Garra que outra. Também, existem momentos na vida que nos levam a tal situação, motivação ou desmotivação!

Falamos que: as pessoas que têm menores condições socioeconômicas, de um modo geral têm mais Força para conquistar seus objetivos, do que as pessoas que têm tudo. Desculpe, mas eu discordo um pouco: acho que depende muito do valor que se dá às coisas da vida!! O que traz felicidade!! Tem muita gente pobre que continua na pobreza e tem muita gente rica que valoriza o que tem e possui bastante motivação para a vida, para realizar sonhos e conquistar ideais!!

O que nos faz ir em frente sempre? Acho que a emoção. Mais do que a razão, nossa Emoção está acima de tudo. Quem tem uma boa autoestima tem mais firmeza e confiança em si, para ir além, para conquistar!!

Agora, como estimular ou fazer desabrochar tudo isso em quem não nasceu assim, ou naquele que não tem ou não teve estímulos e condições para ser Determinado ou ter Garra?

A história de vida de cada um, os acertos e erros, as conquistas e derrotas, tudo conta para a Mentalidade do Crescimento. Penso, também, que Garra ou Determinação não definem a Felicidade, pois há pessoas felizes que são pacatas, tranquilas, serenas ou simples... e são felizes assim.

Outros que são Determinados e que tem Garra, pelo fato de estarem sempre buscando mais, e quando não conseguem conquistar seus objetivos, podem tornar-se depressivos...

Enfim, é um assunto que não se fecha, ou não se conclui, pois tem os mistérios que o ser humano carrega... não somos exatos como a matemática...!!!

Um beijo e um abraço,

Juliana

Os múltiplos projetos de vida dos alunos

by Colégio Rio Branco 28. agosto 2015 11:47

Como desenvolver em nossos filhos e alunos a ideia de projeto de vida, o foco em objetivos e a iniciativa para a realização dos sonhos?

Com esta reflexão, abordamos o tema “Vestibular e Enem no projeto de vida dos alunos”, no Encontro com a Direção do mês de agosto, realizado nos dias 26 e 27, nas unidades Granja Vianna e Higienópolis.

Este tema faz parte do dia a dia do Colégio Rio Branco e da vida de nossos alunos, pois atuamos para que nossas crianças e jovens sejam bem sucedidos nas diversas etapas da vida estudantil. Nesse sentido, o ingresso no ensino superior é, também, foco de nosso trabalho pedagógico.

O sucesso para essa etapa prevê um percurso e um trabalho. Assim, no Colégio Rio Branco, atuamos com a ideia de projetos, estimulando e desenvolvendo as múltiplas habilidades e competências. Os valores, os sonhos, as atitudes e os desafios fazem parte de nosso projeto pedagógico, pois acreditamos numa formação humanista e global.

Resultados são obtidos no dia a dia

O Colégio Rio Branco desenvolve diversas ações e projetos para apoiar o aluno em seus projetos de vida.

Com foco na melhoria constante dos resultados acadêmicos, aprovações em universidades e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Colégio Rio Branco tem uma Assessoria de Aprendizagem, Avaliação e Resultados. Esta área também tem o objetivo de apoiar os alunos que desejam estudar em outros países, com orientações específicas, programas de intercâmbios de curta duração para vivência acadêmica e projetos que destacam a formação global.

É importante destacar, também, que em 2015, o Colégio Rio Branco iniciou a implantação da nova Matriz Curricular, que apresenta alterações significativas no 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Com as adequações na grade curricular, a meta para 2017 é oferecer o 3º ano do Ensino Médio em período integral, com o primeiro semestre contemplando o conteúdo formal e o segundo semestre totalmente revisional, além de módulos nas áreas de Exatas, Humanas e Sociais e Biológicas e Saúde.

Saiba mais sobre as ações do Rio Branco, focadas no Ensino Médio

  • Pré-Vest

Alunos do 3º ano do Ensino Médio contam com o programa pré-vestibular, realizado em parceria com o Intergraus, cursinho renomado.

  • Ciclo de Simulados

Seguindo o mesmo nível de exigência e rigor de concorridos exames do Brasil, o Colégio Rio Branco promove simulados ao longo do ano.

  • Laboratório de Redação

Com o objetivo de estimular os alunos à prática da escrita, o Laboratório de Redação é um espaço permanente de estudo e aprofundamento das habilidades de produção textual.

  • Módulos Eletivos

Contemplando o desenvolvimento de projetos em diferentes áreas, os Módulos Eletivos enriquecem o currículo dos estudantes e despertam talentos múltiplos.

  • Aprofundamento e Estudos Avançados

As atividades abordam temas atuais e relevantes, por meio de palestras, aprofundando o trabalho desenvolvido em sala de aula.

  • Mentoria Escolar

Com o mesmo princípio do coaching, o Colégio Rio Branco realiza o acompanhamento de todos os alunos, quanto à sua rotina de estudos e objetivos pessoais.

Enem e Vestibulares

O Enem é a primeira avaliação brasileira calcada em competências e habilidades e oferece para as escolas dados importantes. Assim, ao longo dos anos, os resultados têm sido avaliados e estudados pelos profissionais do Colégio Rio Branco, em busca das melhores práticas educacionais.

Além de avaliação individual e instrumento de acesso ao ensino superior predominantemente de instituições federais, o Enem é utilizado como certificação do Ensino Médio, para o programa de financiamento universitário PROUNI e também para o acesso ao programa Ciência sem Fronteiras. Essa múltipla função mostra que esse exame é muito mais do que um ranking.

Assim, atuamos para inserir o Enem no projeto de nossos alunos, estimulando a realização da prova de uma maneira consciente e focada, independente do uso que será feito dele.

No último exame, 93% de nossos alunos do 3º ano do Ensino Médio realizaram a prova, mesmo tendo múltiplos e diversos projetos de vida que não necessariamente contemplavam esse exame, que não é obrigatório.

Formando pessoas que façam diferença no mundo

Temos como premissa a formação de pessoas, cidadãos e profissionais felizes, realizados e que possam fazer a diferença na sociedade. O ingresso no ensino superior, seja no Brasil ou em outros países, é umas das mais importantes passagens da vida dos jovens.

Por isso, preparamos nossos alunos para que obtenham bons resultados e, tão importante quanto, realizem seus sonhos e conquistem suas metas pessoais.

Nesse sentido, é preciso trabalhar com as crianças e jovens a ideia de sonhos que sejam tangíveis.

Leia mais

Após o Encontro com a Direção, a diretora-geral do Colégio Rio Branco, Esther Carvalho, escreveu um artigo para o jornal Perfil Econômico. Confira.

Educar filhos e alunos para a perseverança e resiliência

by Colégio Rio Branco 11. março 2015 11:25

Ficamos muito felizes com o primeiro Encontro com a Direção de 2015, que reuniu mais de 50 pais em cada uma das unidades, nos dias 25 e 26 de fevereiro. Foi um momento especial para reafirmarmos nossa crença de que o trabalho conjunto entre família e escola é o caminho para educar melhor nossas crianças e jovens.

Neste encontro, discutimos o tema “Educar filhos e alunos para a perseverança e resiliência”. Tema interessante e desafiador, que trouxe excelentes oportunidades de trocas de ideias, crescimento para todos nós e aprimoramento da escola.

“Para fazermos a diferença no mundo, temos que honrar todos os nossos sonhos”

Thiago Feijão

Para inspirar as nossas discussões, assistimos a um trecho do vídeo-depoimento de Thiago Feijão, um jovem empreendedor, ex-aluno do ITA e idealizador da Plataforma QMágico.

Neste depoimento, dado para o TED, uma fundação americana que tem o objetivo de disseminar boas ideias em vídeos na internet, Thiago Feijão fala sobre sonhos, ideais, desafios e escolhas.

Thiago Feijão é um apaixonado por educação, que descobriu sua vocação ao ensinar pessoas. Seu trabalho, que começou em ONGs, impactando poucas pessoas, hoje atinge milhares de pessoas por meio de sua plataforma de aprendizagem online. Ele acredita que assim pode retribuir para a sociedade todas as oportunidades que teve de estudar e se formar em uma faculdade de excelência.

Confira o depoimento na íntegra.

Humildade, vontade, perseverança, resiliência, compaixão, empreendedorismo, decisão, segurança, visão, criatividade, liderança, pragmatismo, espírito de equipe, cidadania, consciência de seu entorno. Essas são algumas das características que apreendemos das palavras de Thiago Feijão.

Precisamos pensar como trabalhamos essas e outras características em nossas crianças e jovens, na escola e na família. O trabalho do  Colégio Rio Branco está voltado para  que os alunos não somente tornem-se pessoas plenas e felizes, mas que, essencialmente, façam a diferença no mundo, transformando positivamente a sociedade.

Desenvolvendo a perseverança e a resiliência

Os pais foram divididos em grupos e discutiram o tema a partir de oito palavras norteadoras e sua relação com o desenvolvimento da perseverança e da resiliência. Confira alguns detalhes dos debates abaixo.

Limites

Os pais são de uma geração em que havia muitos limites e hoje precisamos coloca-los, também, para as crianças e jovens. Quando há limites desde cedo, os filhos se adaptam. Por isso, não podemos iniciar esse processo apenas na adolescência. Assim, é preciso pensar nos limites a partir das seguintes perspectivas: saber negociar, saber ouvir, estabelecer limites pela razão e não pelo medo, dar carinho físico, elogiar e reconhecer as boas atitudes.

Disciplina

Parece uma palavra negativa, mas é algo necessário desde que a criança nasce, tão importante como saber negociar com os filhos e colocar limites. Trabalhar a disciplina é algo que deve começar em casa, com um trabalho diário dos pais. Os filhos vão burlar os limites e precisam saber que os atos têm consequências e que é necessário lidar com o ‘não’. Outro aspecto importante é que a disciplina gera autonomia, quando bem trabalhada.

Desafios

Hoje, o que não faltam na vida de todos nós são os desafios e sabemos que lidar com situações pouco desafiadoras pode desestimular, assim como excesso de desafio pode imobilizar ou frustrar. Assim, como pais, devemos ajudar nossos filhos a lidarem com os desafios, sem protege-los demasiadamente. Somos exemplos, ou seja, precisamos saber lidar com nossos próprios desafios no dia a dia, para que nossos filhos tenham a quem seguir. Da mesma forma que devemos ser persistentes e resilientes dando o exemplo, mesmo sabendo que hoje a vida é mais complexa do que foi para as gerações anteriores.

Superproteção

Pais precisam estar atentos para não negligenciar e nem superproteger os filhos. Oferecer às crianças e jovens uma rotina, disciplina e limites é dar proteção e segurança, pois nossos filhos precisam ter referências. Mas é essencial dar a oportunidade para que a criança se desafie ou seja desafiada. É preciso confiar na educação que damos e não superproteger, acreditando que nossos filhos serão desafiados e podem ter sucesso.

Tolerância

Cada família tem seus próprios limites e trabalha a tolerância de forma diferente. Mas hoje, o que é visto é um excesso de tolerância e a dificuldade dos pais em colocar limites. Essa questão precisa ser trabalhada, pois os pais são o principal exemplo.

Frustração

Frustração faz parte do processo de crescimento. Privar os filhos de frustração é algo que não favorece o desenvolvimento da resiliência. Valorizar o esforço, incentivar a continuidade do trabalho e gerenciar o sentimento de frustração são caminhos para que crianças e jovens se fortaleçam.  E é importante saber que frustrações vão ocorrer, mas que nossos filhos precisam lidar com essas situações.

Autoestima

Devemos apoiar nossas crianças e jovens na construção da autoestima. O autoconhecimento leva à autoestima, ou seja, nossos filhos devem aprender a perceber o que os diferencia, quais são suas habilidades e competências e saber se valorizar e reconhecer pequenas conquistas, pois muitas vezes o reconhecimento não virá de outras pessoas. Crianças e jovens devem, também, conhecer seus desafios e pontos de aprimoramento. Assim como a autoestima positiva é fundamental para a resiliência, o excesso de autoestima pode ser ameaçador no sentido que desenvolve a arrogância, a falta de humildade e dificulta o crescimento dessas competências.

Trabalho duro

As crianças e jovens precisam do exemplo dos pais para mostrar os valores de se esforçar para conquistar os objetivos. Atualmente, os jovens têm muitos atrativos que desviam o foco do que é o trabalho duro. Assim, é necessário, em primeiro lugar, tirar a ideia de que tudo tem que ser prazeroso e mostrar que há rotinas, limites e responsabilidades, com tarefas até mesmo dentro de casa, para que nossos filhos aprendam o valor do esforço e de suas conquistas.

Uso do celular

O uso do celular, embora pareça estranho ao contexto da discussão, está intimamente ligado ao desenvolvimento da resiliência e da autoestima. Como uma ferramenta poderosa, pode estar a serviço da aprendizagem e da comunicação. Entretanto, é considerado, também, como o "prolongamento do cordão umbilical", pois com frequência, faz com que as crianças e jovens acionem seus pais em momentos de conflitos ou desafios que eles poderiam solucionar sozinhos.  Nesse sentido, não favorece a autonomia.  Precisamos aprender a lidar com essa ferramenta que está tão presente no ambiente escolar e familiar. É importante ter regras para o uso do celular e os adultos também devem ficar atentos com o seu uso excessivo. Vale destacar que na escola, o celular pode ser uma ferramenta educacional em determinados contextos pedagógicos. Fora desses momentos, o celular só é permitido no intervalo de aula.

Foi muito interessante ver como os temas são interligados, ficando muito difícil uma análise isolada. A apresentação de cada um dos representantes dos grupos foi muito interessante e enriquecedora. Entendemos que o conflito faz parte da vida de todos, adultos, jovens e crianças, e com eles aprendemos a ser resilientes e perseverantes.

Adultos são mais do que um porto seguro para os filhos, são exemplos. Escola e família têm o desafio de fazer dessas crianças pessoas resilientes, perseverantes e autônomas.

Propostas para a educação

by blogAdmin 25. setembro 2014 10:47

Recebemos de um pai a indicação de um artigo, publicado no jornal O Globo, no dia 17 de setembro de 2014, sobre o papel do professor na preparação dos jovens para um mundo de rápidas e constantes mudanças. O material é muito interessante e tem relação com muitos dos assuntos que tratamos em nossos Encontros com a Direção. Assim, compartilhamos em nosso Blog, que é um espaço para a troca de ideias sobre os desafios de educar.

Propostas para a educação

Professor deve ser aquele que ajuda a mexer no conhecimento para apoiar o aluno a romper a angústia e afrontar a incerteza de nosso tempo.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/propostas-para-educacao-13956709#ixzz3EKpuoAUA

Competências não-cognitivas: como valorizá-las e estimulá-las

by blogAdmin 10. abril 2014 16:54

Estivemos reunidos no Encontro com a Direção, nos dias 01 e 03 de abril, nas unidades Granja Vianna e Higienópolis, para falar sobre a importância da valorização e do desenvolvimento das chamadas competências não-cognitivas das crianças e jovens.

Este tema é atual e se apresenta como um desafio para a escola e para as famílias. As principais competências não-cognitivas são determinação, colaboração, sociabilidade, controle emocional, protagonismo e curiosidade, e a escola e a família precisam saber quais são seus papéis no desenvolvimento de cada uma delas.

Recentemente, abordei esse tema em meu artigo “OECD publica os primeiros resultados do PIAAC: O PISA para adultos”. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico inaugurou uma nova série de publicações denominada OECD Skills Outlook (OECD Visão Geral de Competências), baseada no pressuposto de que o mercado de trabalho e as economias mudaram com as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e que sociedades hiperconectadas e economias, cada vez mais, baseadas no conhecimento, demandam novas competências de seus cidadãos, de modo que sejam, plenamente, produtivos e participativos nesse novo contexto de rápidas mudanças.

Em 2013, foi publicada a primeira pesquisa de competências de adultos denominada PIAAC (Programa Internacional de Avaliação das Competências Adultos). O estudo teve, como público-alvo, pessoas de 16 a 65 anos, residentes no país na época da coleta dos dados, independentemente de nacionalidade, cidadania ou nível de linguagem. Mediu as denominadas competências em processamento de dados, que envolvem o nível de proficiência em: letramento, ou seja, leitura e compreensão na língua materna, cálculo e resolução de problemas em contextos altamente tecnológicos. São mensuradas, também, competências genéricas como cooperação, comunicação, organização do próprio tempo e capacidade de aprender.

Assim, as competências têm impacto nas chances de os indivíduos transformarem suas vidas, terem prosperidade e se sentirem parte da sociedade. Cidadãos com baixa proficiência em letramento e cálculo tendem a ser deixados para trás na sua participação econômica e social. Da mesma forma, países com cidadãos com baixa proficiência perdem competitividade num mundo cuja economia está baseada em competências.

Qual é o nosso papel?

Cabe à escola criar, na sala de aula, espaços de aprendizado diferenciados, e aos adultos, serem os exemplos na construção de valores, da ética e da moralidade.

As competências não-cognitivas são desenvolvidas nas relações interpessoais e é importante que, na formação dos indivíduos, eles se sintam como parte produtiva das equipes, que saibam atuar com metas, determinação e vontade de evoluir, pois, assim, poderão intervir na sociedade de forma competente.

Pais com filhos em diferentes idades puderam trocar ideias e experiências de como, no dia a dia, favorecem ou dificultam o desenvolvimento das competências não-cognitivas das crianças e jovens. Ensinar os filhos a lidar com frustrações e exercitar a disciplina e perseverança  para alcançar os objetivos foram algumas das ações  levantadas. Outro aspecto que surgiu foi o excesso de proteção como elemento que não favorece o desenvolvimento de competências socioemocionais.

O Colégio Rio Branco trabalha valorizando essas competências em diversas oportunidades, com crianças, jovens e adultos: nas salas de aula, nas diferentes oportunidades de interação entre alunos e entre alunos e professores e demais adultos da comunidade escolar; nas avaliações profissionais dos docentes, que ocorrem duas vezes por ano; nas reuniões semanais de trabalho; e nas interações cotidianas dos envolvidos no processo educativo.

Não se trata de abrir mão das competências cognitivas. Ao contrário: trata-se de agregar a essas as competências socioemocionais.

A escola acredita na diversidade, pois ela é matéria prima para o desenvolvimento de competências socioemocionais. A vida produtiva adulta acontece na diversidade de pessoas, com seus estilos, características, diferentes formas de aprender e de se comunicar, crenças, posicionamento político ou religioso, dentre tantos outros aspectos. Nesse sentido, organizar, por exemplo, os alunos por rendimento escolar, embora possa parecer ser eficiente em alguns aspectos, não proporciona às crianças e jovens experiências próximas ao que eles vivem em sociedade.

Mais referências

As discussões do nosso encontro tiveram como apoio o vídeo do Prêmio Nobel James Heckman. Assista!

Leia o artigo da diretora-geral do Colégio Rio Branco, Esther Carvalho, “OECD publica os primeiros resultados do PIAAC: O PISA para adultos”.