Estivemos reunidos no Encontro com a Direção, nos dias 01 e 03 de abril, nas unidades Granja Vianna e Higienópolis, para falar sobre a importância da valorização e do desenvolvimento das chamadas competências não-cognitivas das crianças e jovens.

Este tema é atual e se apresenta como um desafio para a escola e para as famílias. As principais competências não-cognitivas são determinação, colaboração, sociabilidade, controle emocional, protagonismo e curiosidade, e a escola e a família precisam saber quais são seus papéis no desenvolvimento de cada uma delas.

Recentemente, abordei esse tema em meu artigo “OECD publica os primeiros resultados do PIAAC: O PISA para adultos”. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico inaugurou uma nova série de publicações denominada OECD Skills Outlook (OECD Visão Geral de Competências), baseada no pressuposto de que o mercado de trabalho e as economias mudaram com as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e que sociedades hiperconectadas e economias, cada vez mais, baseadas no conhecimento, demandam novas competências de seus cidadãos, de modo que sejam, plenamente, produtivos e participativos nesse novo contexto de rápidas mudanças.

Em 2013, foi publicada a primeira pesquisa de competências de adultos denominada PIAAC (Programa Internacional de Avaliação das Competências Adultos). O estudo teve, como público-alvo, pessoas de 16 a 65 anos, residentes no país na época da coleta dos dados, independentemente de nacionalidade, cidadania ou nível de linguagem. Mediu as denominadas competências em processamento de dados, que envolvem o nível de proficiência em: letramento, ou seja, leitura e compreensão na língua materna, cálculo e resolução de problemas em contextos altamente tecnológicos. São mensuradas, também, competências genéricas como cooperação, comunicação, organização do próprio tempo e capacidade de aprender.

Assim, as competências têm impacto nas chances de os indivíduos transformarem suas vidas, terem prosperidade e se sentirem parte da sociedade. Cidadãos com baixa proficiência em letramento e cálculo tendem a ser deixados para trás na sua participação econômica e social. Da mesma forma, países com cidadãos com baixa proficiência perdem competitividade num mundo cuja economia está baseada em competências.

Qual é o nosso papel?

Cabe à escola criar, na sala de aula, espaços de aprendizado diferenciados, e aos adultos, serem os exemplos na construção de valores, da ética e da moralidade.

As competências não-cognitivas são desenvolvidas nas relações interpessoais e é importante que, na formação dos indivíduos, eles se sintam como parte produtiva das equipes, que saibam atuar com metas, determinação e vontade de evoluir, pois, assim, poderão intervir na sociedade de forma competente.

Pais com filhos em diferentes idades puderam trocar ideias e experiências de como, no dia a dia, favorecem ou dificultam o desenvolvimento das competências não-cognitivas das crianças e jovens. Ensinar os filhos a lidar com frustrações e exercitar a disciplina e perseverança  para alcançar os objetivos foram algumas das ações  levantadas. Outro aspecto que surgiu foi o excesso de proteção como elemento que não favorece o desenvolvimento de competências socioemocionais.

O Colégio Rio Branco trabalha valorizando essas competências em diversas oportunidades, com crianças, jovens e adultos: nas salas de aula, nas diferentes oportunidades de interação entre alunos e entre alunos e professores e demais adultos da comunidade escolar; nas avaliações profissionais dos docentes, que ocorrem duas vezes por ano; nas reuniões semanais de trabalho; e nas interações cotidianas dos envolvidos no processo educativo.

Não se trata de abrir mão das competências cognitivas. Ao contrário: trata-se de agregar a essas as competências socioemocionais.

A escola acredita na diversidade, pois ela é matéria prima para o desenvolvimento de competências socioemocionais. A vida produtiva adulta acontece na diversidade de pessoas, com seus estilos, características, diferentes formas de aprender e de se comunicar, crenças, posicionamento político ou religioso, dentre tantos outros aspectos. Nesse sentido, organizar, por exemplo, os alunos por rendimento escolar, embora possa parecer ser eficiente em alguns aspectos, não proporciona às crianças e jovens experiências próximas ao que eles vivem em sociedade.

Mais referências

As discussões do nosso encontro tiveram como apoio o vídeo do Prêmio Nobel James Heckman. Assista!

Leia o artigo da diretora-geral do Colégio Rio Branco, Esther Carvalho, “OECD publica os primeiros resultados do PIAAC: O PISA para adultos”.

Com muita alegria e satisfação iniciamos nossos Encontros com a Direção. O primeiro encontro de 2014, realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro, nas unidades Granja Vianna e Higienópolis, abordou o tema: “Gerações Y, Z...α como educá-las?”.

Juntos, procurando compreender seu conceito atual, falamos sobre as características das gerações dos últimos 60 anos, e tratamos do espaço atual em que se encontram pais e filhos de diferentes idades.

Denominamos as gerações a partir das décadas de nascimento, conforme abaixo:

Refletimos sobre as seguintes angústias e desafios: o que esperamos para o futuro? Quais os desafios das gerações? Quais os nossos receios sobre a geração atual? E, assim, tratamos dos valores que devem ser apresentados aos jovens, tendo em vista que há diferenças entre as gerações dos pais e dos filhos.

Independente dessas questões, é claro que crianças e adolescentes precisam de adultos. Podemos nos questionar sobre a entrada que as crianças e jovens têm na tecnologia. Embora eles tenham uma enorme entrada nesse universo novo, eles também precisam de orientação dos adultos, colocando, inclusive, os limites. Existem grandes benefícios trazidos pela tecnologia: nossas crianças e jovens são protagonistas e produtoras de cultura, quando a internet é utilizada para o bem, com ética e respeito. Porém, o acesso à tecnologia não exclui todas as outras atividades, como a leitura e a descoberta de habilidades diversas.

Importante: mesmo com as diferenças entre as gerações, nós, adultos, devemos parar de falar em ‘no meu tempo...’. O momento atual é nosso também!

Na cultura ocidental, existe uma valorização exacerbada da juventude. Hoje, vemos as pessoas lutando para não envelhecer, enquanto que antigamente, os mais velhos eram os transmissores de conhecimento.

Entre todos os desafios, temos a parceria da família e da escola. Na família, formamos o indivíduo, com valores e crenças, independente das configurações que ela tenha. A família é o núcleo responsável pela educação da criança. A escola é a primeira experiência intensa coletiva e seu objetivo é formar o cidadão, com regras de um ambiente coletivo.

A essência de nosso trabalho está na intersecção entre o indivíduo e o cidadão. Na escola, o aluno aprende a ser gente, a ser cidadão.

Confira os vídeos que assistimos juntos e que contextualizam nossas discussões:

Desconectar para conectar: http://bit.ly/1d1apTw

Baby using iPad Amazing: http://bit.ly/1dIEvYT

The Who, When and What of Gen X, Y, Z & Generation Alpha: http://bit.ly/1hvn0iI

No próximo Encontro com a Direção daremos continuidade a essas discussões. Não perca!

Unidade Granja Vianna: 01/04

Unidade Higienópolis: 03/04

Até lá!

Nos dias 30 e 31 de outubro, nos reunimos nas unidades Granja Vianna e Higienópolis para falarmos das ações e possibilidades de aprimoramento de nossa escola, tendo em vista que caminhamos juntos pela educação de nossas crianças e jovens.

Foram momentos ricos e que gostaríamos de compartilhar com vocês. Abaixo apresentamos as ideias abordadas durante os encontros, organizadas de uma maneira didática, mas sabemos que todos os temas estão relacionados.

Nas duas unidades, os pais opinaram acerca de quatro aspectos importantes, destacando diversas ações possíveis.

Em relação aos Aspectos Pedagógicos, foi possível identificar quatro esferas:

• Do colégio para os alunos: intensificar o estímulo ao engajamento dos alunos, junto à comunidade, por meio de ações de responsabilidade socioambiental e de atividades culturais, como peças teatrais / motivar os estudantes, em todas as etapas, pela busca de resultados, em especial em atividades de recuperação / elaboração de espaços e canais para ouvir a opinião dos alunos, por meio, também, de fóruns / destacarmos nas salas de aula a importância de todos os assuntos a serem tratados, na busca pelo maior interesse dos alunos e do reconhecimento da importância dos temas na vida prática e, assim, mais comprometimento do aluno.
• Metodologia e práticas: repensar o papel de provas orais, como de tabuada e ditados / observação mais atenta da participação e do comprometimento dos professores com os alunos, da atitude dos professores em sala de aula, na utilização dos recursos (forma como escreve na lousa) e, em especial, na predominância das aulas centradas no professor / atenção para professores novos durante a troca de sala em dias de prova / aumentar a quantidade de leitura de livros, com enredo compatível com a idade dos alunos / valorizar mais as atividades esportivas, por meio de campeonatos inter unidades, em outras escolas e nas aulas de Educação Física / oferecer aos alunos complementos às matérias dos livros didáticos, como atividades, workshops, passeios no horário de aula / livros didáticos subutilizados ou utilizados fora de ordem / alguns conteúdos se repetem em algumas disciplinas / avaliar possíveis falhas na unificação de provas das unidades Higienópolis e Granja Vianna, reavaliar a extensão das provas propostas e dos tempos disponíveis para a sua realização e, além disso, oferecer mais sintonia entre as aulas e o conteúdo cobrado em prova / melhoria do processo de transição do 5º ano para o 6º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Fundamental II para o Ensino Médio / melhoria do quadro pedagógico / preparação mais ativa em relação ao Enem / avaliação da performance do Colégio /  abrangência acadêmica e extra-acadêmica X foco em resultados.
• Sugestões: implementação de aulas de Programação / inserção do Espanhol já no Ensino Fundamental / incentivo ao grêmio para dar voz aos alunos da escola e, também, deixar mais clara, juntos aos alunos, a importância do papel do representante de classe. Nesse sentido também está o estímulo aos alunos para que resolvam os conflitos entre as turmas, atribuindo responsabilidades e propiciando a consciência de grupo / verificação de quais soluções pedagógicas da Finlândia são interessantes para serem implementadas pelo colégio.
• Fundamentos: valorização da individualidade dos alunos e dos princípios éticos e morais em contraposição ao mundo ultra competitivo.

Nos Aspectos Administrativos, verificamos as seguintes esferas:

• Comunicação: manter e intensificar a comunicação com os pais por meios eletrônicos / manter a facilidade de acesso, aos pais, no contato com a escola / divulgação antecipada das atividades propostas pela escola.
• Sugestões: dar a oportunidade para os alunos apresentarem a escola para os novos estudantes, promovendo a integração e valorizando as crianças e jovens / rever a viabilidade do horário proposto para as Reuniões de Pais e Mestres / formas de viabilizar a impressão dos boletins no Moodle / elevar a carga horária de aula.
• Calendário: rever a distribuição de eventos ao longo do ano, pois muitas atividades são realizadas no 2º semestre / o planejamento anual fica truncado, fazendo com que atividades sejam propostas em dias concomitantes.
• Preço da mensalidade muito diferente do praticado na região da Granja Vianna.

Outro tema que abordamos foram as Atividades Gerais e Extracurriculares, em que pudemos extrair as seguintes esferas:

• Viagens e passeios: verificar formas de promover mais passeios culturais e tornar as viagens mais organizadas, com melhor infraestrutura e financeiramente mais viáveis/ promover atividades de Estudo de Meio para o Ensino Médio / fazer com que toda a atividade seja relacionada com o conteúdo das disciplinas / verificar a possibilidade de os passeios não contarem na nota do aluno / avaliar se as viagens de formatura ocorrem de forma adequada e tranquila.
• Sugestões: organização do calendário de atividades de forma antecipada / intensificar o contato entre o Centro de Educação para Surdos Rio Branco e o Colégio Rio Branco no oferecimento de aulas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) / promover visitas dos alunos para universidades, participando de palestras e reuniões / proposição de mais atividades, como dança, judô, karatê, yoga, pilates / oferecimento de atividades de aprofundamento e de Filosofia para as crianças aprenderem a pensar e criar senso crítico / antecipação do curso de Robótica para o 3º ano do Ensino Fundamental / oferecimento do espanhol antes do 7º ano do Ensino Fundamental / estimular a participação dos alunos no Grupo de Teatro Rio Branco / definição antecipada da viagem do Coral Rio Branco para o exterior / promoção de mais visitas à Unidade Granja Vianna, estimulando a integração / buscar o oferecimentos de atividades que integrem pais e alunos.

Em nosso encontro, falamos, também, sobre Infraestrutura da escola:

• Espaços de convivência: formação de mais espaços adequados para a integração dos alunos nos horários de recreio e lazer e de espaços confortáveis para os estudantes que quiserem ficar na escola fora do horário de aula / construção de uma pista de atletismo em volta do campo na Granja Vianna.
• Salas de aula: dedetização das salas de aula / algumas salas de aula são quentes, pois só têm ventiladores / carteiras são sujas / número pequeno de lousas digitais na escola / uso de tablets em sala de aula / rever formas para diminuir o peso das mochilas /  quantidade excessiva de alunos por sala.Alimentação, cantina e restaurante: a cantina oferece poucas opções saudáveis e o preço é muito alto.

É importante destacar que muitos temas são semelhantes para as duas unidades, mas existem especificidades. Na Unidade Granja Vianna, um outro tema que foi bastante abordado foi a questão da qualidade do corpo docente, da motivação dos professores, do papel da Supervisão pedagógica em sala de aula. Nesse sentido, também conversamos sobre a postura do professor em sala de aula diante dos alunos, evitando situações de bullying e exercendo a autoridade. É preciso entender que o Colégio Rio Branco tem mais de 300 professores, com perfis diferentes, vínculo importante com a profissão, é um grupo muito competente, que inspira e tem grande potencial. Nosso processo de escolha do professor é bastante exigente e o aprimoramento dos profissionais é constante.

Soluções já encaminhadas e novidades para 2014!

Nosso contato próximo com as famílias permite que possamos tomar ações no sentido de aprimorar a nossa escola. Assim, gostaríamos de apresentar as atividades e soluções que já estão implementadas, em resposta às nossas reflexões conjuntas e, também, com base em nossa pesquisa de satisfação, aplicada em outubro.

Aspectos Pedagógicos:

• O grêmio de alunos já está em plena atividade novamente, com a eleição das chapas nas duas Unidades. Confira a notícia em nosso site. Temos trabalhos para incentivar a liderança e, no ano passado, tivemos uma iniciativa de alunas da Unidade Higienópolis que escreveram uma carta demandando a reativação do grêmio.
• Vamos avaliar a possibilidade de elaborar um material específico para os pais todo início de ano, com importantes informações sobre as atividades e projetos do Colégio Rio Branco.
• Em relação ao aprimoramento do corpo docente, dentre outras ações que já fazem parte do processo de desenvolvimento profissional dos educadores, o Colégio Rio Branco firmou um acordo de cooperação com a Tampere University of Applied Sciences, da Finlândia, para a promoção de programa de desenvolvimento profissional docente. Confira aqui!

Atividades gerais e extracurriculares:

• Divulgação antecipada das atividades extracurriculares.
• Viagens: o calendário de viagens e passeios será apresentado em fevereiro, para oferecer mais viabilidade, qualidade e organização / em havendo necessidade, faremos as viagens com datas separadas entre as unidades para proporcionar melhores condições logísticas e operacionais / implementação de um questionário de avaliação pós-viagem para os alunos participantes / reforço aos alunos para que exponham eventuais problemas durante as viagens, para que possamos buscar rapidamente soluções.

As questões mencionadas acima, pela natureza e complexidade de nosso trabalho, serão tratadas pouco a pouco num processo de melhoria contínua. Nesse sentido, agradecemos muito pela colaboração de todos e apresentamos abaixo as novidades para 2014!

Para as próximas reuniões (dia 04/12 na Unidade Granja Vianna e 05/12 na Unidade Higienópolis): inscreva-se e sugira quais aspectos gostaria de tratar com prioridade. Nos vemos no último Encontro com a Direção do ano de 2013!

Grande abraço,

Esther Carvalho

Em importantes oportunidades discutimos, juntos, escola e família, o tema “Sexualidade”, nos dias 28 de agosto na Unidade Granja Vianna e 29 de agosto na Unidade Higienópolis. Nesses momentos conseguimos concluir esse ciclo de debates, iniciado em abril, e enriquecido muito com a excelente palestra da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, especialista em Sexualidade.

Encerramos este tema comemorando um ano dos “Encontros com a Direção”, este espaço tão importante para a construção conjunta de ideias, de troca de experiências e compartilhamento de vivências. Sabemos que ainda temos ainda muito a evoluir nesta experiência, mas a escola tem crescido muito e os pais também têm sentido essa experiência especial. Este é um momento em que pensamos, de verdade, sobre diversos assuntos que, muitas vezes, nos angustiam no dia a dia.

Assim, vamos retomar o que foi abordado nas palestras da Carmita Abdo:

            Tivemos a grande oportunidade de conversar sobre sexualidade com uma das mais importantes especialistas na área do Brasil. Foi um bate papo que surpreendeu a todos pela forma de tratar o assunto. Pudemos abrir nossas cabeças e corações para este tema que, muitas vezes, pode parecer bastante complicado de ser tratado, mas que deve ser encarado com transparência, verdade e, claro, delicadeza.

Para falar sobre o tema, primeiramente, a palestrante destacou que qualquer pessoa está atrelada a atividade sexual, pois sexo é algo muito importante, sendo o polo principal de estruturação e formação da identidade das pessoas e fazendo parte de todas as culturas.

            Para Carmita Abdo, a grande questão em tratar o assunto com nossos filhos é: responda sempre, mas responda somente o que foi perguntado. 

As pessoas apresentam diversas motivações para tornarem-se sexualmente ativas: relacionamento (intimidade e cumplicidade), identidade (sentir-se homem ou mulher), prazer (sentir-se desejável) e reprodução (desejo de engravidar). Além disso, ao lado do trabalho, da vida familiar e do lazer, a atividade sexual faz parte da qualidade de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde. Com isso, é importante lembrar: Sexo com satisfação é algo construído ao longo da vida, a partir de uma vivência positiva!

            Entramos em contato com diversos dados e informações, que podem nos oferecer um panorama de como muitos jovens iniciam suas vidas sexuais:

• A média de início da vida sexual ocorre em torno dos 15 anos de idade.
• A vida com múltiplos parceiros é uma realidade.
• Gravidez é primeira causa de internações (66%) em moças entre 10 e 19 anos na rede SUS.
• Partos: ¼ do total no SUS são de adolescentes (10 a 19 anos).
• O uso de preservativo é muito baixo e a vida sexual é muito livre. Muitas meninas não usam, pois suas amigas também não, e elas ficam receosas de os garotos preferirem fazer sexo com outras pessoas. Já os meninos se cuidam mais, mas quando percebem que a garota não tem sexo diversificado ele não se protege.
• Algo que essa geração mostrou é que se faz sexo sem compromisso, pois inverteram a ordem das coisas e primeiro há o sexo e depois o relacionamento.
• Redes Sociais: hoje tornaram a vida íntima das pessoas cada vez mais pública. O sexo é um meio de mostrar que você é moderno, descolado e livre para fazer o que bem entende. A privacidade está exposta de uma forma brutal.
• Homossexualidade: viver uma fase de experimentação não quer dizer que é homossexualidade. Ninguém opta por ser homossexual ou heterossexual e nem deixa de ser, mas hoje se permite uma liberdade sexual que as gerações anteriores não se permitiam. Existe um lado positivo, pois isso é mais natural e pode evitar o preconceito, que gera perversões.
• Se os jovens serão mais ou menos felizes em relação ao sexo depende de como os pais lidam com o assunto.

Vale lembrar que sexo saudável, primordialmente, é aquele que não prejudica você, nem o parceiro e nem a terceiros. Assim, não podemos normatizar o sexo de ninguém, mas é claro que existem regras para quem começa uma vida sexual e que, seguindo a tendência atual, fará sexo com múltiplos parceiros. Nossas avós começaram suas vidas sexuais com 15, que é a mesma idade de hoje. A diferença é que elas iniciaram já casadas e, hoje, as meninas começam aos 15 e vão se casar aos 30. Terão 15 anos de vida sexual múltipla. Isso é bom ou ruim? Depende de como serão esses parceiros, se eles vão se proteger e se eles terão maturidade para fazer aquilo a que se propõem. 

Por isso, educação sexual também é ensinar os jovens a saber se estarão prontos para fazer o que estão se propondo a fazer. Hoje, compromisso e sexo não têm, necessariamente, uma relação. É com isso que temos que lidar? Vamos ser a favor ou contra? Podemos ficar nos perguntando isso ou podemos ensinar nossas crianças e jovens a lidarem com essa situação!!!

Conversas entre pais e filhos sobre o tema podem fazer a diferença na vida e no futuro das crianças e jovens. Se queremos que os filhos façam sexo responsável e adiem a iniciação, precisamos oferecer educação sexual, conversando sobre essas questões. O mundo que se apresenta, sexualmente falando, é esse e é onde os jovens vivem, por isso, precisamos educar, orientar e dar conhecimento para que crianças e jovens tenham discernimento para se preparar quando as coisas acontecerem em suas vidas.

Após a palestra da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, pudemos, juntos, refletir sobre todas os conteúdos, nossas atitudes e posturas na família e na escola.

Quais valores devemos passar e quais valores passamos de fato? Essa é uma importante reflexão para encontrarmos as repostas que queremos ao trabalhar o tema da sexualidade. Percebemos que a melhor forma é sabermos os valores e limites que temos em nossas casas, em nossas famílias e na escola e, mantermos sempre um canal direto para o diálogo.

Sobre o diálogo, nós, adultos, precisamos saber que os filhos não precisam contar tudo. Nós mesmos não contávamos tudo para os nossos pais. O ponto certo é estarmos abertos e preparados para perceber necessidades de informação, momentos de interferir e de responder às perguntas. Nosso papel é ser o contraponto para tudo que as nossas crianças e jovens têm acesso e que, muitas vezes, não é saudável, dando informações consistentes e de qualidade, ou seja, fazermos o contra discurso.

Neste mesmo sentido, precisamos mostrar aos nossos filhos que devemos ser responsáveis por nossos atos e essa responsabilidade está ligada às consequências. Precisamos avaliar se privamos demasiadamente nossas crianças e filhos das consequências de seus atos. Não é punir, é oferecer uma visão real de que atos implicam em consequências.

Neste encontro levantamos diversas ações e possibilidades que podem ajudar escola e família a trabalharem esse tema:

• Reforçar, ainda mais, o tema como matéria em sala de aula, além de palestras e atividade que já são promovidas. Os temas drogas, internet e sexualidade já são trabalhados, mas vamos criar um programa contínuo e mais consistente.
• A escola deve reforçar mais frequentemente as regras internas, como a da proibição do beijo em ambiente escolar.
• Trabalhar com os alunos questões das redes sociais, da privacidade e da ideia de público e de privado.
• Unir o papel da escola, da família e dos profissionais da saúde na abordagem do tema Sexualidade. Um profissional da saúde é o canal de informação consistente para nossos filhos.
• Pesquisa: realizar no Colégio Rio Branco um levantamento sobre o conhecimento dos alunos sobre o tema sexualidade, o que possibilitaria verificar mais assertivamente as ações que devem ser feitas.

Se quiser saber mais sobre o trabalho da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, acesse o site do ProSex, Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A especialista coordenou o “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, considerado o maior do gênero já realizado no Brasil, e escreveu o livro “O descobrimento sexual do Brasil”, pela Summos Editorial. Vale a pena conferir o Portal da Sexualidade, que, a partir de um cadastro, oferece artigos sobre o tema segmentado para os mais diversos públicos; e o Museu do Sexo, que conta a história da sexualidade na humanidade.

Queridos pais,

Estamos muito felizes por retomar o nosso Encontro com a Direção! Esse evento, que já completa um ano de existência, tem se traduzido em ricas oportunidades de crescimento para pais e educadores da escola. Temos aprendido muito com o diálogo, com a escuta e com a reflexão gerada nesses encontros.

Dando início ao segundo semestre, faremos, conforme combinado anteriormente, um último encontro tratando sobre Sexualidade. Contamos agora com a palestra da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, que muito nos acrescentou com sua experiência e competência. A partir de setembro, trataremos de novos temas que definiremos em conjunto no próximo encontro.

Portanto, segue aqui mais um convite para nosso Encontro com a Direção, que ocorrerá no seguinte cronograma:

28 de agosto – Granja Vianna – 7h30

29 de agosto – Higienópolis – 7h30

Se quiser saber mais sobre o trabalho da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, acesse o site do ProSex, Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A especialista coordenou o “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, considerado o maior do gênero já realizado no Brasil, e escreveu o livro “O descobrimento sexual do Brasil”, pela Summos Editorial. Vale a pena conferir o Portal da Sexualidade, que, a partir de um cadastro, oferece artigos sobre o tema segmentado para os mais diversos públicos; e o Museu do Sexo, que conta a história da sexualidade na humanidade.

Tendo em vista as manifestações e acontecimentos na Grande São Paulo, transferiremos o Encontro Marcado com as palestras da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, marcadas para os dias 19 de junho na Unidade Higienópolis e 24 de junho na Unidade Granja Vianna, para agosto.

Os Encontros com a Direção, marcados para os dias 26 de junho na Unidade Granja Vianna e 27 de junho na Unidade Higienópolis, nos quais trataríamos o  tema “Sexualidade”, a partir das palestras da Prof.ª Dr.ª Carmita Abdo, também estão cancelados.

Assim que possível, avisaremos as novas datas para o Encontro Marcado e para os Encontros com a Direção.